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Reforma Trabalhista gera dúvidas

Fonte: DCI

Estudo divulgado ontem (27) pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) revela que 83% dos entrevistados admitem não estar bem informados sobre as novas leis trabalhistas no País.

MÔNICA BAPTISTELLA

Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, o fato de o modelo implementado ser inteiramente novo dificultou o entendimento da população.

“Além da falta de informação, as chamadas fake news [notícias falsas, em inglês], muitas vezes pautadas em motivos políticos, propagavam informações falsas de que a reforma causaria a perda de direitos e assim prejudicaram a compreensão do cidadão”, explica.

Também de acordo com o levantamento, os brasileiros se mostram divididos quanto à possibilidade de a reforma trabalhista promover um aumento na oferta de vagas de emprego. Para 31%, as mudanças não devem exercer qualquer efeito no mercado de trabalho e 24% acreditam que haverá diminuição de postos de trabalho.

Contrato Intermitente

Uma das principais novidades da reforma é a regulamentação do chamado ‘trabalho intermitente’, modalidade de contratação com carteira assinada em que não há jornada fixa de trabalho, o funcionário passa a ser remunerado por hora

Sobre essa alteração, 24% consideram a medida positiva, enquanto 23% classificam essa nova modalidade de contratação de forma negativa.

Para os trabalhadores que consideram a modalidade de trabalho intermitente como algo positivo, 37% consideram que a mudança criará mais postos de trabalho, fazendo com que o desemprego recue. Já para aqueles que classificam esse modelo como uma mudança ruim para a população, 44% interpretam que a alteração implica em perda de direitos trabalhistas.

Segundo Marcela Kawauti, alguns tipos de setores se enquadram melhor na lógica da jornada flexível do que outros.

“Medidas como o contrato intermitente poderão gerar maior oferta de emprego e assim contribuir com a recuperação econômica do País. É o caso, por exemplo, de serviços de bares e restaurantes ou então do comércio, que geralmente fica mais aquecido em determinadas datas comemorativas”, explica a economista .