O salário médio pago ao trabalhador brasileiro cresceu 9,7% entre 2009 e 2011, passando de R$ 1.130 para R$ 1.240. De 2004 para cá, o valor foi incrementado em 35%. Isso é o que aponta a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Na distribuição por sexo, o rendimento dos homens passou de R$ 1.314 a R$ 1.417, alta de 7,8% e, o das mulheres, de R$ 882 para R$ 997, expansão de 13%. Esse crescimento maior fez com que a diferença entre os salários, que ainda é expressiva, diminuísse. No ano passado, o montante pago para as mulheres correspondeu a 70,4% do oferecido aos homens. Em 2009, era 67,1%.
No Grande ABC, segundo pesquisa socioeconômica da USCS (Universidade Municipal de São Caetano), o salário médio das mulheres em 2011, de R$ 1.247, equivaleu a 52% do valor pago aos homens, de R$ 2.384. Essa diferença é maior na região, de acordo com o coordenador do Inpes (Instituto de Pesquisas) da USCS, Leandro Prearo, porque a maioria dos homens trabalha na indústria. “Por conta da forte presença do setor no Grande ABC, a maioria dos postos exige qualificação, a remuneração, portanto, é melhor, e é onde o homem está mais inserido”, explica.
“As mulheres, por outro lado, estão mais envolvidas com o emprego informal, atuando como cabeleireiras, doceiras, costureiras e empregadas domésticas.” Os informais ganham, em média, 40% menos do que os que têm registro em carteira, aponta a pesquisa socioeconômica.
Os rendimentos pagos no Grande ABC se assemelham à média de remuneração da Região Metropolitana. Nas sete cidades, paga-se em torno de R$ 1.880, na Grande São Paulo, R$ 1.865. Os valores são mais altos em comparação à média brasileira por conta dos perfis dos cargos, e da exigência para a ocupação dos postos, que é maior.
Essas médias de rendimentos consideram apenas salários, excluindo outras fontes de renda, como pensão.
MERCADO
O total de desempregados em todo o País diminuiu de 8,2% para 6,7% em 2011 – a menor taxa desde 2004. Essa redução foi provocada pelo aumento de 1 milhão de pessoas no contingente de ocupados, totalizando 92,5 milhões de trabalhadores.
Para a Pnad, apesar da queda expressiva na taxa, alguns grupos ainda têm maior dificuldade de inserção. Dos desocupados, 59% eram mulheres; 35,1% nunca tinham trabalhado; 33,9% eram jovens entre 18 e 24 anos de idade; 57,6% eram pretos ou pardos e 53,6% não tinham completado o Ensino Médio.