Salário mínimo de São Paulo subirá para R$ 755

O Estado de S.Paulo

O governo de São Paulo anunciou o aumento do salário mínimo do Estado de R$ 690 para R$ 755 – um reajuste de 9,4%, equivalente à soma das variações da inflação e do Produto Interno Bruto paulista no último ano. Serão beneficiados os trabalhadores da iniciativa privada em setores que não são regidos por acordos sindicais, como empregados domésticos, serventes, mensageiros e motoboys.

Também foram elevados os pisos de outras duas faixas salariais. Trabalhadores como cabeleireiros, telefonistas e operadores de telemarketing de São Paulo terão aumento de R$ 700 para R$ 765. Chefes de serviços de transporte, supervisores de compras e operadores de estações de rádio terão reajuste de R$ 710 para R$ 775.

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) aproveitou o anúncio para comparar o novo piso do Estado com o salário mínimo nacional, estabelecido pelo governo federal, que passou para R$ 678 este ano.

“Você tem um salário mínimo para o Brasil inteiro, mas Estados que têm uma economia mais forte podem estabelecer um piso mais elevado”, disse Alckmin. “Isso não impede que os sindicatos trabalhem para ter um valor mais alto, mas esse é o piso do Estado. Fortalece o mercado interno, melhora a questão social e melhora a questão econômica.”

Os reajustes passam a valer em 1.º de fevereiro e, segundo o governo, beneficiam 8 milhões de trabalhadores. O aumento deve injetar R$ 264 milhões por mês no mercado consumidor paulista, segundo previsão da Secretaria de Emprego e Relações de Trabalho paulista.

Funcionalismo. Alckmin também anunciou o aumento do piso do funcionalismo público estadual, de R$ 720 para R$ 785. O reajuste incide sobre 61 mil servidores ativos, aposentados e pensionistas do Estado. O impacto na folha de pagamento será de R$ 32,6 milhões ao ano.