Valor corresponde a 4,06 vezes o piso nacional em vigor no país
O salário mínimo do brasileiro, atualmente em R$ 540, deveria ser de R$ 2.194,76, valor considerado básico para suprir as necessidades do trabalhador e da sua família, conforme determina a constituição brasileira.
O cálculo corresponde a 4,06 vezes o piso nacional em vigor, segundo pesquisa divulgada nesta sexta-feira (4) pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
O salário-base serviria para suprir as despesas com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.
Atualmente, São Paulo é a capital com a cesta mais cara do país, no valor de R$ 261,25, seguida por Manaus (R$ 225,80) e de Brasília (R$ 255,65). Os produtos que compõem a cesta pesquisada pelo Dieese são: carne, leite, feijão, arroz, farinha, batata, tomate, pão, café, banana, açúcar, óleo e manteiga.
Para comprar os alimentos essenciais, um brasileiro que ganha salário mínimo precisou trabalhar 95 horas e 03 minutos. Apesar da cesta ter ficado mais cara em todo o país, o tempo de trabalho para pagar os produtos reduziu em mais de três horas em relação a dezembro – quando atingia 98 horas e 11 minutos– devido ao reajuste de 5,88% aplicado ao salário mínimo (R$ 540).
No entanto, a jornada de trabalho necessária para comprar a cesta é bem maior neste ano, que em janeiro do ano passado, quando o trabalhador tinha que dedicar 86 horas e 48 minutos de trabalho para comprar os produtos.
Quando a comparação é feita com o salário mínimo líquido (após o desconto da parcela correspondente à previdência), também se percebe o mesmo tipo de peso. Em janeiro, o custo médio da cesta representava 46,96% do valor pago ao trabalhador, enquanto em dezembro a mesma compra representava 48,51% do salário e em janeiro de 2010 ficava em 42,88% do rendimento.