O Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá e os trabalhadores da Engegrav, empresa especializada no segmento de gravações, sistema de identificações e numeradores, realizaram nesta segunda (26/04) uma paralisação de uma hora no chão de fábrica contra a humilhação e discriminação racial vivida por um companheiro demitido no dia 19/04, que cumpria aviso-prévio.
No momento em que estava no vestiário arrumando seus pertences, o trabalhador foi surpreendido por um dos sócios da empresa que o agrediu verbalmente por ser negro. Não satisfeito, o sócio tirou a própria roupa e zombou da sexualidade do trabalhador.
Transtornado, a vítima procurou o Sindicato que o orientou a registrar boletim de ocorrência na Delegacia. “O trabalhador foi demitido por um dos três sócios da empresa, Haroldo Netto, com requintes de sadismo, racismo, homofobia, atitude violenta ao pudor, perjúrio e ação dolosa”, diz o diretor executivo do Sindicato Daniel Gonçalves.
A próxima ação do Sindicato será enviar uma pauta a empresa para discutir questões internas e se não houver mudanças no comportamento do sócio será agendado mesa redonda com a Delegacia Regional do Trabalho.
O Sindicato ficará de olhos abertos nesta empresa e qualquer deslize do sócio ele vai sofrer todas as conseqüências jurídicas (assédio moral, discriminação racial, homofobia e atentado violento ao pudor).
Por Andressa Besseler
Jornalista/Assessora de Imprensa do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá