Entre tantas questões sociais a serem discutidas e melhoradas em nosso País, seis penalizam enormemente as famílias de menor renda no seu dia a dia, fazendo com que uma sétima tivesse um crescimento gigantesco e passasse a assombrar todos os cantos do País, campos e cidades, de forma impossível de ser mensurada.
As seis primeiras são a precariedade na Educação, Saúde, na questão do Desemprego, Moradia, na Infraestrutura e no Transporte. A que aumentou violentamente, muito graças às cinco citadas, foi a falta de segurança em todos os níveis, e a impotência dos órgãos de prevenção e repressão à violência urbana e rural.
Além de todas as demandas nefastas que as pessoas de baixa renda enfrentam, como a informalidade, a discriminação social, os salários achados, juros altos e crédito caro, entre outras, a onda de violência que hoje assola o País, tornando as pessoas de bem prisioneiras dentro de suas próprias casas, sem estar seguras, deve-se justamente à falta de uma educação adequada; à inexistência de uma Saúde Pública de excelência; ao índice estratosférico do desemprego; à falta de moradia digna – vivem em barracos amontoados em encostas, em beiras de avenidas movimentadas, em locais de enchentes – e à falta de infraestrutura (que seria a quarta demanda), sujeitas, enfim, a todo tipo de tragédias; e à precariedade de um transporte digno no dia a dia das grandes e pequenas cidades brasileiras.
Ainda quanto ao transporte, o Brasil carece de um transporte de qualidade, mas não apenas de pessoas. Todos nos lembramos da última greve dos caminhoneiros, que parou o País por reivindicações que entendemos como das mais justas. Como seria bom se tivéssemos, em nosso País, uma malha ferroviária que transportasse não apenas passageiros, mas também cargas, adaptada para carregar os mais variados tipos de volumes e que cobrisse todo o território nacional. E se também tivéssemos rios navegáveis, por onde a carga também pudesse ser escoada até seu destino?
Não sabemos definir qual dos seis pontos apresentados – sete se considerarmos também a falta de segurança, a violência desenfreada, como parte e não consequência dentro do contexto – penaliza mais a sociedade brasileira.
O que sabemos é que o quadro social deteriorado puxa, cada vez mais, o País para um abismo que parece não ter fim. Cabe a nós, nestas eleições, escolhermos como nossos legítimos representantes candidatos que estejam efetivamente do lado da classe trabalhadora e do povo brasileiro.
Este é o Brasil em que vivemos hoje, de desigualdades econômicas e sociais, de altos e baixos, de privilégios e descasos, de altos salários e da mais absoluta miséria. Mas um Brasil de guerreiros incansáveis, um Brasil de trabalhadores que lutam por melhores dias e que um dia alcançarão todos os seus objetivos!
Miguel Torres
presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes e da CNTM e presidente interino da Força Sindical