“O Copom divulgará nesta 4ª feira o resultado da reunião sobre a nova taxa Selic, índice que influencia a atividade econômica e, conse¬quentemente, a inflação (atualmente a Selic está em 11% ao ano, após nove altas consecutivas).
Apesar de todos os protestos da Força Sindical e demais Centrais pela redução dos juros, a taxa, caso não sofra novo aumento, deverá, no máximo, ser mantida, mas não reduzida. Segundo o IBGE, a indústria brasileira vem encolhendo, desde 2011, 0,3% ao ano em média (o pior desempenho desde o governo Collor).
Manifestações por juros menores já foram realizadas pelo movimento sindical por todo o País, mas o governo segue mantendo-se alheio as nossas reivindicações, só dando atenção aos grandes especuladores.
Falta ao Brasil um projeto de desenvolvimento econômico que traga contrapartidas aos trabalhadores, falta apostar em investimentos produtivos e impulsionar a competitividade, gerar postos de trabalho, coibir a rotatividade da mão de obra. Mas sobram, infelizmente, decisões que seguem conduzindo a economia pela contramão do desenvolvimento e da coerência”.
Miguel Torres
Presidente da Força Sindical, CNTM e Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo
Opinião publicada no Diário de S. Paulo, edição de 27 de maio, página 11