Após dois dias de discussões (5 e 6), o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes encerrou o Seminário de Diretoria, Coordenadores e Assessores, para discussão da organização das ações a serem realizadas em 2012, com a aprovação das resoluções e as bandeiras de luta a serem defendidas, no âmbito da categoria e também junto ao Congresso Nacional. O evento foi realizado no Centro de Lazer da Família Metalúrgica, em Praia Grande.
“A organização é fundamental para o alcance dos objetivos traçados e a defesa dos interesses não só da categoria metalúrgica, como dos trabalhadores brasileiros”, afirma Miguel Torres, presidente do Sindicato, que comandou o seminário.
Um dos destaques de discussão foi o problema da desindustrialização, que está avançando, reduzindo a produção nacional e ameaçando os empregos, e a mobilização para as manifestações que serão realizadas em vários Estados, em conjunto com setores empresariais prejudicados pelas importações.
“Vamos mobilizar os trabalhadores para a manifestação contra a desindustrialização e pelo emprego no dia 4 de abril, em São Paulo, e para o ato em Brasília, no dia 10 de maio”, afirma Miguel Torres.
Jaélcio Santana![]() Cláudio Prado, Elza Pereira, Miguel Torres, Paulinho da Força e Arakém |
Outro destaque foi a questão da falta de depósitos do FGTS dos trabalhadores e do não repasse, pelas empresas, das contribuições previdenciárias ao INSS, e das mensalidades associativas descontadas dos salários e não repassadas ao Sindicato.
“Vamos fazer uma campanha de informação e orientação aos trabalhadores sobre os prejuízos dessa atitude de muitas empresas, e levar o problema para o governo. Não podemos admitir que os trabalhadores fiquem sem o fundo de garantia na demissão e tenham problemas pra se aposentar, por exemplo, porque a empresa não repassou as contribuições para o INSS”, disse Miguel Torres.
A diretora financeira, Elza Costa Pereira, falou sobre as reformas a serem feitas na sede do Sindicato em Mogi das Cruzes, em São Paulo e no Ambulatório Médico. “Os trabalhadores terão mais qualidade no atendimento, conforto e o patrimônio preservado”, disse.
O secretário-geral, Arakém,valorizou a capacidade de luta da categoria, e reforçou a unidade da direção e da categoria para “avançar na luta”.
Resoluções – Bandeiras de luta
-Aumento real de salário
-Estabilidade aos delegados sindicais
-Licença-maternidade de 180 dias
-Campanha de Sindicalização
-Melhoria da PLR (Participação nos Lucros ou Resultados)
-Inclusão Digital
-Implantação do Vale Cultura
-Reconhecimento pelas empresas, dos atestados médicos da mãe ou do pai de acompanhamento do filho menor nas consultas médicas
-Implantação da NR 12 – “Máquina Risco Zero”, para prevenção aos acidentes de trabalho
Defesa nas fábricas e no Congresso Nacional
– Jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem redução salarial
– Fim do fator previdenciário
– Fim da terceirização irregular
Outras Ações
– Exibição de filmes, no Sindicato, sobre história do movimento sindical e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, que em dezembro completará 80 anos de lutas e conquistas
– Assembleia com os delegados e delegadas sindicais da categoria no dia 16 de março, para discussão sobre as bandeiras de luta
– Utilização do “trailer” METALVIDA, do Departamento de Segurança e Saúde do Sindicato, para o atendimento da saúde da mulher metalúrgica nas fábricas
– Criação de “escritórios regionais” do Sindicato para ampliar o atendimento aos trabalhadores e associados nas diversas regiões
– Entrega de pauta de reivindicações ao governo, em junho, sobre a redução da jornada de trabalho, fim do fator previdenciário no cálculo das aposentadorias reajuste das aposentadorias de valor superior ao salário mínimo
Por Assessoria de Imprensa do Sindicato
Fotos Jaélcio Santana
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