Guerra dos portos prejudica
indústria nacional e os empregos
A Resolução 72, que trata da guerra dos portos, será debatida por dirigentes da Força Sindical, CUT, governadores, juristas, economistas e senadores.
O debate será realizado nos dias 20 e 21, em reunião conjunta das Comissões de Constituição e Justiça e de Assuntos Econômicos do Senado, na Ala Senador Alexandre Costa.
A proposta de autoria do senador Romero Jucá (PMDB-RR), que está tramitando no Senado, acaba com a guerra fiscal travada em vários Estados que oferecem benefícios para o desembarque de produtos importados em seus portos.
“Com a entrada desses importados, 770 mil empregos deixaram de ser criados desde 2007”, disse Paulo Pereira da Silva Paulinho, presidente da Força Sindical e deputado federal pelo PDT-SP, que participará dos debates.
A guerra dos portos está em debate entre os dirigentes sindicais e os empresários, que cobram do governo medidas a favor da indústria nacional e já programaram atos contra a desindustrialização começando pela região Sul.
A primeira manifestação está prevista no Porto de Itajaí, em Santa Catarina, no dia 22 de março. Em seguida, será em Porto Alegre (RS), no dia 26. Em Curitiba, o ato será no dia 3 de abril.
Em São Paulo será no dia 4 de abril, na Assembleia Legislativa, com cerca de 100 mil pessoas. Nesta segunda-feira (dia 19 de março), as centrais sindicais e empresários vão se reunir com o governador Geraldo Alckmin e o prefeito Gilberto Kassab, para discutir detalhes do ato.
Trabalhadores e empresários estão intensificando as mobilizações. Na próxima sexta-feira (dia 23), será realizado uma reunião com os principais empresários de diferentes categorias para debater a desindustrialização.
Em reunião realizada nesta sexta-feira (dia 16 de março), os sindicalistas filiados da Força Sindical indicaram que vão levar mais trabalhadores para o ato comparando com os números fixados anteriormente.
Miguel Torres, presidente da CNTM e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e vice-presidente da Força, salientou a importância desta “ofensiva” para organizar e mobilizar a classe trabalhadora e o movimento sindical nos debates e ações contra a desindustrialização. “Queremos contribuir para a construção de um Brasil próspero e com boas oportunidades para todos”, diz Miguel Torres.
Por Assessorias de Imprensa da Força Sindical, CNTM e Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes.
Clique aqui e acesse o documento assinado por representantes dos trabalhadores e dos empresários em defesa da produção brasileira e de um ambiente econômico favorável ao crescimento.