Sindicalistas cobram de Marco Maia a votação das 40h

JBatista (Sefot-Secom)

Miguel Torres, Paulinho e Juruna em reunião com Marco Maia e demais dirigentes das centrais


Miguel Torres
, presidente do Sindicato dos Metalúgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, participou na manhã desta quarta-feira (27) de um café da manhã de representantes das centrais sindicais com o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia, na residência oficial, para discutir uma agenda de votações relativas ao 1º de Maio.

O presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), disse que o principal item é a redução da carga horária semanal de 44 para 40 horas, sem redução salarial. “Nossa economia está crescendo e esta medida só trará benefícios para o Brasil”, disse ele.

Mobilização nacional – No dia 2 de maio, segundo Paulinho, as centrais vão promover mobilização em todo o País em defesa da proposta. Na pauta comum entre trabalhadores e empresários estão a qualificação profissional e a desoneração da folha de pagamento.

Marco Maia afirmou que o País está crescendo e que “o mercado de trabalho está carente de mão de obra especializada, por isso é tão importante a qualificação profissional”. “Agora é um momento oportuno para fazermos o debate da pauta de interesse dos trabalhadores, que dialogue com a sustentabilidade e o crescimento econômico e social que o País está vivendo”, acrescentou.

Os sindicalistas listaram também a proposta do fim do fator previdenciário e a regulamentação da terceirização. Sobre esta última reivindicação, os deputados Paulinho da Força, Vicentinho (PT-SP), Roberto Santiago (PV-SP), Assis (PC do B-RS) e Sandro Mabel (PR-GO) entregaram requerimento de criação de uma comissão especial para debater relatório regulamentando a terceirização.

Marco Maia disse que existe a possibilidade de acordo entre os líderes para a votação desses dois últimos itens, e adiantou que a comissão será instalada assim que ao requerimento for protocolado, e terá 45 dias para apresentar o relatório final.

Para Miguel Torres, “este é um posicionamento positivo, pois, uma vez formada a comissão, temos como agilizar as discussões e o encaminhamento mais efetivo das reivindicações dos trabalhadores”, disse. 

Sobre o fator previdenciário, Paulinho afirmou que não há acordo entre os sindicalistas sobre a melhor proposta. Sobre a terceirização, disse que vai propor a criação de uma comissão especial na Câmara para discutir o assunto. Marco Maia respondeu que a comissão será criada assim que a proposta for feita.

Além de Paulinho da Força e Miguel Torres, que também é vice-presidente da Força Sindical, participaram do encontro o secretário-geral da Força, João Carlos Gonçalves (Juruna), os presidentes do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Batista Inocentini, da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Arthur Henrique; da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Antonio Neto; e da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah, entre outros dirigentes das centrais.