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Associated Press
01/06/2011
A Confederação Sindical Internacional (CSI) lança hoje um relatório com críticas ao governo do Qatar pelas condições de trabalho existentes no país. O Qatar planeja gastar dezenas de bilhões de dólares na construção de estádios, hotéis e infraestrutura para sediar a Copa do Mundo de 2022.
Estima-se que até um milhão de estrangeiros irão para o país em busca de trabalho nas obras a Copa. “As condições para trabalhadores migrantes no Oriente Médio são inaceitáveis”, afirma Sharan Burrow, secretária-geral da organização sediada em Viena. O documento da CSI expressa a preocupação de que os operários possam “ser vítimas de agências buscando dinheiro fácil com o recrutamento da Copa do Mundo”.
O relatório da CSI cita como problemas no Qatar a proibição à existência de sindicatos e ao direito de greve do migrante, alojamentos precários e leis que dificultam aos trabalhadores mudar ou desistir de empregos. “A economia nacional é totalmente dependente da exploração intensa de mão de obra migrante, que trabalha em condições análogas à escravidão”, diz Ambet Yuson, secretário-geral da Internacional dos Trabalhadores da Construção e Madeira (ICM).