Sindicato prestigia homenagem a João Guilherme na Câmara Municipal de São Paulo

Consultor de entidades sindicais de trabalhadores, João Guilherme Vargas Netto, por iniciativa do vereador Eliseu Gabriel, recebeu o título de Cidadão Paulistano na sexta-feira, 8 de junho de 2018, na Câmara Municipal de Vereadores de São Paulo. Diretores e assessores do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo/Mogi das Cruzes, presidido por Miguel Torres, prestigiaram a solenidade, que reuniu também representantes de outras categorias, amigos e familiares num clima de confraternização e esperança nas lutas sindicais por dias melhores para toda a classe trabalhadora.

Mineiro de Tombos, João Guilherme participou da história da Cidade de São Paulo. Teve destacada atuação na luta contra a ditadura, com valiosa contribuição para a construção da Democracia no Brasil. Colaborou na elaboração da famosa “Carta de São Paulo” (São Paulo, o Povo e Seus Problemas), lida na Assembleia Legislativa do Estado, em 1975, no auge da repressão às liberdades. Atualmente, é consultor sindical de diversas áreas, sempre em defesa dos interesses dos trabalhadores. “O mundo das lutas trabalhistas é o mundo de João Guilherme Vargas Netto. Ele é referência obrigatória para um debate qualificado sobre o Brasil que queremos”, justifica Eliseu Gabriel.

JOÃO GUILHERME nasceu aos 25 dias do mês de dezembro de 1942 na cidade de Tombos, Minas Gerais. Filho de Sebastião Vargas Neto e Generosa Hosken Vargas, é casado com Leda Leal Ferreira e têm três filhos, Sebastião Leal Ferreira Vargas Neto, Paulo leal Ferreira Vargas Neto, e Maria Jacintha Vargas Neto, fruto de sua primeira união com Nilda Guimarães Alves.Criado no interior João Guilherme mudou-se para o Rio de Janeiro no final da década de 50, início de 60, quando ingressado na faculdade Nacional de Filosofia, da Universidade do Brasil à época. Quando houve o golpe de 64, João foi expulso da universidade juntamente com inúmeros outros colegas, anos depois a Faculdade anulou a expulsão e pediu desculpas aos alunos.

Após sua expulsão da faculdade e em plena ditadura, tornou-se militante e dirigente do PCB, na clandestinidade. Por determinação partidária, em 1970 mudou-se para São Paulo, onde atuou clandestinamente na política, o que conseguiu fazer sem ser preso até 1975, quando houve forte repressão que o forçou a fugir, exilando-se na França. Foi anistiado em 1979, quando voltou para São Paulo onde vive desde então.

Além das tarefas que cumpriu durante a clandestinidade desenvolveu, depois que voltou do exílio, a atividade de Consultor Sindical voltada a sindicatos de trabalhadores de diversas áreas e é sua profissão desde então. Ainda na clandestinidade ajudou a elaborar a famosa “Carta de São Paulo”, que foi lida na Assembleia Legislativa do Estado no dia 8 de março de 1975. Essa carta se chamava “São Paulo o Povo e Seus Problemas” e deve ser considerada como contribuição enquanto militante em prol da cidadania paulistana. Fonte de pesquisa: www.eliseugabriel.com.br. Fotos: Alex Líder.