“Por enquanto, nosso protesto é pacífico. Mas, se for preciso, teremos sangue nos olhos e faca nos dentes”, disse o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil de Santos e região (Sintracomos), Macaé Marcos Braz de Oliveira, nesta terça-feira (31).
Em protesto na portaria 1 da Refinaria Presidente Bernardes de Cubatão (RPBC Petrobras), das 7 às 9 horas, com apoio do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e da Força Sindical SP e da região, a diretoria do Sintracomos condenou o rebaixamento salarial dos operários terceirizados.
“Não vamos admitir essa baixaria por aqui”, alertou Macaé. “Se a Petrobras
reduz o valor dos contratos com as empreiteiras, não temos nada a ver com
isso. É problema da terceirizada. Os trabalhadores não pagarão a conta”.
O protesto, aliado a 15 mil exemplares de um tabloide distribuído no polo
industrial cubatense, condenando a situação, já começa a surtir efeitos. A
empreiteira Normatel mandou um emissário do Ceará para conversar, às 14
horas desta terça-feira, com a direção do Sintracomos.
A Petrobras, por sua vez, mandou um funcionário do setor de relações
trabalhistas ao protesto do sindicato, onde recebeu todas as informações
sobre os procedimentos jurídicos e de mobilização que a diretoria adotará
contra o rebaixamento salarial.
Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil, Montagem e Manutenção Industrial (Sintracomos Força Sindical).