É bom a economia crescer por causa do aumento do consumo das famílias. Mas é melhor ainda quando o país se desenvolve e incrementa a produção em decorrência do investimento produtivo direcionado para a introdução de novas tecnologias e construção e ampliação de unidades fabris.
O que buscamos é o desenvolvimento sustentável capaz de acabar com os últimos bolsões de miséria no país, como foi descoberto recentemente pelo governo. Foram localizadas 700 mil famílias em situação de extrema pobreza e invisíveis, que não estão sob o abrigo de programas sociais e de transferência de renda, como o Bolsa Família.
Já apresentamos as nossas propostas para o governo federal. Estão alinhavadas na “Agenda da classe trabalhadora”, aprovada pelas centrais sindicais. Consta ali que o desenvolvimento do Brasil precisa levar em conta a valorização da produção, do salário e do emprego.
O empresário precisa de recursos e segurança para investir no aumento da capacidade produtiva. O trabalhador, por sua vez, defende mais salário para aumentar o consumo. Além disso, reivindica a redução da jornada semanal de trabalho sem diminuição do salário para incrementar a abertura de novas vagas.
O governo está sinalizando que pretende priorizar o crescimento da economia. Reduziu os juros dos bancos estatais. Pressionou – e obteve certo sucesso – as instituições privadas a fazer o mesmo. E agora diminuiu o juro básico para 8,5%, a mais baixa taxa desde que a Selic passou a ser usada como meta da política monetária, em março de 1999. Deve continuar com os cortes, mas de forma mais rápida.
Miguel Torres, presidente do SIndicato e presidente em exercício da Força Sindical