Assessoria de imprensa da Força Sindical
Os três mil operários terceirizados de montagem e manutenção na Usiminas Cubatão decidiram, em assembleia realizada ontem, continuar a greve em protesto à posição dos patrões de não atender suas reivindicações. Com 24 dias de paralisação, a próxima assembleia está marcada para 2ª feira (14).
A greve é conduzida pelo Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil (Sintracomos). O presidente da entidade, Macaé Marcos Braz de Oliveira, resolveu aguardar a marcação de julgamento pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT-SP) e/ou novas negociações com a bancada patronal. “Se as empresas oferecerem 10% nos salários, R$ 200 no tíquete-alimentação, PLR (Participação nos Lucros ou Resultados) de R$ 1.100 e pagamento dos dias paralisados, a categoria encerra a greve”, declara Macaé.
No começo da paralisação, os trabalhadores rejeitaram reajuste salarial de 8%, mas aceitaram a PLR de R$ 1.100 e vale-alimentação de R$ 200. Antes, as empreiteiras ofereciam 7,04% nos salários, nada de PLR e vale de R$ 180.
Emprego
O Sintracomos enfrentará grande problema, até dezembro, na montagem e manutenção de equipamentos na Refinaria Presidente Bernardes, de Cubatão (RPBC Petrobrás).
Trata-se da utilização de mão de obra de outras regiões paulistas e outros Estados, o que acaba gerando protestos por parte de trabalhadores residentes na Baixada Santista.
A cidade foi marcada por várias manifestações desta natureza, nos últimos meses, inclusive com bloqueio da rodovia Domênico Rangoni e consequente reação da Polícia Militar.
“O nosso Sindicato não se envolve em atividades paralelas, mas reconhece que seus militantes têm lá suas razões, pois é grande o número de desempregados na Baixada”, diz Macaé.