Não vamos tolerar que os trabalhadores paguem a conta de uma crise que foi criada pelas elites e por um governo medíocre que privou o País de se desenvolver de forma sustentada. Assim, nossa luta visa a derrubar as medidas provisórias (MPs) 664 e 665, acabar com a elevação dos juros e impedir o aumento de impostos.
Para tirar o País da crise, reivindicamos a implementação, pelo governo federal, da nossa pauta trabalhista, que aponta para um crescimento econômico com valorização do trabalho.
Em relação aos pleitos imediatos, queremos 6,5% de correção da tabela do Imposto de Renda na Fonte e a derrubada do projeto de lei que institui a terceirização generalizada nas empresas.
Por isso, as Centrais Sindicais deflagram nesta segunda-feira, 2 de março, atos nacionais para derrubar as MPs que dificultam o acesso das pessoas aos benefícios trabalhistas e previdenciários. Hoje, começam a valer as restrições de acesso ao seguro-desemprego.
Precisamos fazer atos massivos com ampla participação popular. Em São Paulo, o protesto realizado em frente a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, no centro, reuniu cerca de dois mil manifestantes e resultou na entrega de uma pauta ao superintendente do Trabalho, Luiz Antonio de Medeiros.
Ainda em março, o movimento sindical realizará uma série de protestos pela revogação das medidas que tiram direitos e dificultam o acesso das pessoas a benefícios, contra o aumento de impostos e a alta dos juros.
Enquanto o governo federal busca fazer o ajuste fiscal para colocar suas contas em dia, os trabalhadores vão radicalizar a luta para não pagar a conta da crise. Na nossa opinião, os ricos é que devem arcar com este custo. O governo precisa taxar as grandes fortunas.
MIGUEL TORRES, presidente da Força Sindical