Trabalhadores continuam mobilizados na TS Shara

Jaélcio Santana

Os cerca de 50 demitidos da TS Shara, na zona leste da capital, estão aguardando o julgamento do Tribunal Regional do Trabalho sobre a sua condição e na expectativa de que o tribunal confirme o locaute aplicado pelo patrão. Parte deles acompanhou a audiência de conciliação realizada no dia 29, no TRT, e que terminou sem uma decisão.
A demissão foi uma represália aos trabalhadores, que participaram de uma assembleia, no dia 22/11, para discutir PLR, convênio médico e redução da jornada de trabalho.
Na ocasião, de acordo com o assesssor do Sindicato Rodrigo Morais, o dono da empresa ameaçou demitir por justa causa quem não entrasse para trabalhar, fez gestos obcenos e agrediu um assessor do Sindicato. Os trabalhadores não atenderam o patrão e, a partir daquele momento, foram impedidos de entrar na fábrica e 60 foram demitidos. Eles estão sem poder trabalhar desde aquela data.
O sindicato registrou boletim de ocorrência da agressão no 49º Distrito Policial.
Para o presidente do Sindicato, Miguel Torres, “a atitude da empresa é um crime contra a organização sindical, contra a liberdade de manifestação dos trabalhadores e vamos denunciar esta situação”, afirma.
Nesta sexta-feira, dia 30, o coordenador Rodrigo fez nova assembleia na porta da empresa para informar sobre o resultado da audiência no tribunal e discutir os rumos do movimento.
“Estamos dando todo apoio à vigília dos trabalhadores por seus direitos e aguardando a decisão do tribunal”, afirma o coordenador sindical.
A empresa fica na rua Forte da Ribeira, 300, Parque São Lourenço, em São Mateus.

Matéria anterior