Os trabalhadores da fábrica de tratores Valtra, em Mogi das Cruzes, seguem firmes com a greve iniciada quarta-feira, dia 1º de agosto, em protesto contra a empresa que não pagou o valor integral da primeira parcela da PLR (Participação nos Lucros ou Resultados), conforme estabelece o acordo assinado entre a Valtra e o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes.
Na quinta-feira, 2 de agosto, os trabalhadores, liderados pelo secretário-geral do Sindicato, Jorge Carlos de Morais, o Arakém, e com o apoio dos diretores Rodrigo de Morais e Ester, fizeram uma passeata até o centro de Mogi das Cruzes. Na sexta, 3, de manhã, o protesto foi em forma de churrasco no portão da empresa, com participação e apoio dos diretores Leninha e Paulão e do assessor Gigante.
Mesmo assim, a Valtra não quis conversa com o Sindicato, mas solicitou audiência no Tribunal Regional do Trabalho junto com um documento com alegações falsas, uma delas a de que o Sindicato está impedindo os trabalhadores de entrar para trabalhar. A audiência foi realizada na tarde de sexta e o resultado será discutido em nova assembleia marcada para esta segunda-feira, 6 de agosto, às 9h, na porta da empresa.
CNTM pede apoio internacional à luta na Valtra
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O presidente da CNTM e do Sindicato, Miguel Torres, também presidente interino da Força Sindical, enviou cartas aos presidentes Gary Jones do UAW (United Auto Workers) e Leo W. Gerard do USW (United Steel Workers) relatando que a Valtra não cumpriu o acordo da PLR, o que levou os trabalhadores a entrarem em greve.
“Mesmo assim, a Valtra não chamou o Sindicato para negociar. Contamos com a força do UAW e do USW para que, junto ao Grupo AGCO, do qual faz parte a Valtra, possamos fazer com que os direitos dos trabalhadores sejam respeitados e a empresa negocie”, diz Miguel Torres no documento.