SÃO PAULO – Profissionais do setor de Tecnologia da Informação (TI) do Estado de São Paulo entraram em estado de greve na manhã desta segunda-feira. O movimento envolve paralisações e manifestações de funcionários em empresas da capital e do interior paulista, informou o Sindicato dos Trabalhadores da Tecnologia da Informação (Sindpd).
As principais empresas atingidas pelas manifestações são EDS/HP, Sonda Prockwork, Stefanini, Tivit, Fidelity, Dedic/GPI, CPM, Indra, Prodam (Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação do Município de São Paulo) e Prodesp (Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo), além de outras companhias no interior.
A greve pode afetar o funcionamento de serviços públicos, conforme alertou o Valor em nota publicada na sexta-feira. No caso dos órgãos públicos – Prodam e Prodesp – está prevista a manutenção de 80% dos serviços ligados ao Estado, 60% dos serviços ligados à atividade de compensação bancária e 60% do contingente necessário ao atendimento da atividade nas demais empresas.
Entre as reivindicações dos trabalhadores de TI estão aumento real de salário (11,9%), vale refeição de R$ 15 por dia trabalhado, Participação nos Lucros e Resultados (PLR), ampliação dos pisos da categoria e licença maternidade obrigatória de seis meses. O sindicato patronal ofereceu o reajuste dos salários com a reposição da inflação (6,47%) e negou todas as outras solicitações, informa o Sindpd.
Na última semana, o Ministério Público do Trabalho (MPT) pediu que o Sindpd suspendesse a greve da categoria, que estava programada para a semana passada e convocou os sindicatos para uma conciliação. O sindicato diz que considerou a proposta do MPT satisfatória, “mas o sindicato patronal rebateu a proposição com uma oferta inferior e não foi possível encontrar um consenso.”