Primeiro dia de greve

Os 80 funcionários da área técnica da Digitron da Amazonas, no Brás, zona leste, decidiram, em assembleia na segunda-feira, 7 de dezembro, entrar em greve, diante da negativa da empresa a todas às suas reivindicações:

São elas: readmissão de dois companheiros, negociação da PLR, entrega da cesta básica como benefício e não mais como prêmio condicionado a faltas, reajuste do vale-alimentação, que está há cinco anos sem correção e conserto do ar-condicionado no ambiente de trabalho, redução da jornada de trabalho e equiparação salarial e plano de carreira.

A empresa se dispôs a avaliar apenas a implementação da Cipa (Comissão Interna de Acidentes de Trabalho).

Euzilene Nogueira, a Leninha, diretora do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, explica que por muito tempo tentou negociar as reivindicações, sem conseguir com que a empresa sequer sentasse para conversar.

Posteriormente, o Sindicato enviou carta de greve dando prazo de 72 horas para negociação, mas não houve resposta. “Agora, com a greve decretada, a empresa reuniu-se com o Sindicato e uma comissão de trabalhadores, mas não apresentou proposta. É uma postura de quem não acredita na organização dos trabalhadores, mas a greve vai continuar”, afirma Leninha.

Nesta terça-feira, às 8h, foi realizada uma nova assembleia na porta da fábrica e os trabalhadores decidiram continuar em greve.

Segundo dia de greve