O movimento paredista chega ao seu 17º dia. Mas, diferente de 2009, quando a greve acabou por aí, a paralisação parece estar longe do fim. Isso graças ao SIMELGO, sindicato patronal, que insiste em 9% de aumento– índice que a categoria rejeitou no dia 27 de maio, em assembleia no SindMetal-GO.
De acordo com o presidente do sindicato dos trabalhadores, o atraso da negociação coletiva deve-se ao desinteresse da entidade patronal. “A data base venceu em 1º de abril. São mais de dois meses sem que os trabalhadores recebam aumento salarial”, argumenta Ferreira.
Por onde o Comando de Greve passa, a categoria tem mostrado sua consciência. “Demorou para a categoria se mobilizar. Se os patrões tivessem feito a parte deles, a greve não aconteceria”, afirma o soldador Miguel Neto, que trabalha na UTI Móveis Hospitalares.
Diante da mobilização que se mostra mais forte a cada dia, o SIMELGO convocou uma reunião com a comissão negociadora do SindMetal-GO, no dia 13 de junho. “A única coisa que eles falaram é que vão deixar as coisas como estão. Já que é assim, nós também vamos continuar lutando”, assegura Roberto Ferreira.
Para evitar prejuízos e ameaças de greve, algumas empresas se anteciparam e firmaram acordos coletivos de trabalho com o SindMetal-GO. Durante a Negociação Coletiva de 2013, já foram 16 acordos com até 17% de aumento.
Muitos empresários afirmam não ter informações suficientes de seu sindicato. Por isso, buscam o acordo para diminuir os prejuízos com a reposição salarial e as multas geradas pelo pagamento atrasado dos encargos sociais.
O SindMetal-GO aproveita a birra do SIMELGO para firmar muitos acordos. Em 2009, quando a categoria também esteve em greve, foram 24. Este ano, o número deve ser maior. Ainda nesta semana outros oito acordos podem ser firmados.
INFORMAÇÕES RELEVANTES:
Número de trabalhadores: cerca de 20 mil
Número de empresas: cerca de 05 mil
Data Base – 1° de Abril
Acordos com empresas (percentuais): De 10 a 17%
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