Folha de S.Paulo
Os 780 mil metalúrgicos, químicos, petroquímicos e bancários da Grande São Paulo reivindicaram ontem o fim da cobrança do IR (Imposto de Renda) sobre a PLR (Participação nos Lucros e Resultados) das empresas.
Cálculos do Dieese (departamento de estudos), feitos a pedido dos sindicatos, mostram que a arrecadação atinge R$ 1,8 bilhão do valor pago aos trabalhadores.
Para os sindicalistas, ao extinguir a cobrança, o valor poderia ser injetado diretamente na economia.
“Queremos a redução das alíquotas imediatamente e o fim da cobrança”, disse o presidente do sindicato dos metalúrgicos do ABC, Sérgio Nobre.
Os trabalhadores vão entregar hoje aos ministros Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência da República) e Guido Mantega (Fazenda), um abaixo-assinado pedindo as alterações.
O documento também chegará ao Congresso Nacional.
Segundo a Secretaria-Geral da Presidência, o pedido será analisado e discutido.
Atualmente, a PLR de um trabalhador da Volkswagen chega a R$ 12 mil por ano. Nesse exemplo, o Leão abocanha R$ 2.576 do valor.
Segundo o Dieese, a PLR registrou aumento acima da inflação de 74% de 1996 até agora.
Já o salário mínimo teve variação de 95%. No período, a produção de veículos cresceu 113%.