A greve geral de 14 de junho será um protesto contra a reforma da Previdência do governo e contará em todo o País com uma maciça participação dos trabalhadores das mais variadas categorias, organizados pelo movimento sindical unificado liderado pelas centrais, confederações, federações e sindicatos.
Contaremos também com outros segmentos da sociedade, incluindo os que estão na importante luta -que também apoiamos- contra os terríveis cortes de verbas na Educação. Pois o que está em risco com esta nefasta reforma é a sobrevivência do sistema constitucional da Seguridade Social, pública e solidária, e o direito de a população brasileira se aposentar com dignidade e segurança.
Vale lembrar que para a maioria da população, se a reforma for aprovada, será muito difícil ter acesso à aposentadoria, haverá o aumento do tempo de contribuição e de trabalho e o valor dos benefícios diminuirá. Os privilégios continuarão, os planos previdenciários dos bancos serão beneficiados e a pobreza no País poderá aumentar acentuadamente, como já ocorreu em outros países que adotaram reformas semelhantes.
Os senadores e deputados federais precisam definitivamente ter estas questões em mente e, como reforço, temos um abaixo-assinado em andamento nas fábricas, nos bairros e locais de grande circulação para que a população assine e demonstre repúdio à reforma. Vamos enviar as milhões de assinaturas ao Congresso Nacional para que os parlamentares não deem as costas para o povo brasileiro e não aprovem o fim da aposentadoria.
Miguel Torres
presidente da Força Sindical, CNTM e Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes