A luta da classe trabalhadora contra as reformas trabalhista e previdenciária do governo federal é uma luta pela dignidade, pela busca da igualdade e, podemos dizer, pela sobrevivência.
Sobrevivência, porque a imposição de uma idade mínima para a aposentadoria com tempo de 25 anos de contribuição, sem uma política efetiva de emprego, somada à troca do registro em carteira pelo trabalho intermitente, pela pejotização, pela substituição de parte do salário por abono, como está na reforma trabalhista, e a imposição do negociado sobre o legislado, sem equilíbrio de forças, só para citar alguns exemplos, vai somente promover a legalização do chamado “bico”, arrochar salários e dificultar que o trabalhador contribua para a Previdência, levando à falência deste imprescindível sistema social de inclusão e distribuição de renda.
As reformas favorecem exclusivamente os setores patronais, incluindo o agro, “que é tudo”, que vão ter amplo poder para submeter os trabalhadores e ter custos reduzidos, e o governo, que não tem nenhum compromisso com a classe trabalhadora e quer fechar suas contas tirando ainda mais dos trabalhadores.
Os projetos tramitam no Congresso com o governo suspeito pressionando para aprová-los a qualquer custo, inclusive com a “compra” de votos de parlamentares.
Por esses e tantos outros motivos, o movimento sindical não desiste. Nesta sexta-feira, dia 30, em unidade com as centrais sindicais e movimentos sociais, estaremos novamente nas ruas defendendo os direitos da classe trabalhadora e cobrando dos parlamentares ética e bom senso na hora das votações.
A luta não para. Nenhum direito a menos!
Miguel Torres
Presidente