“O sindicalismo brasileiro vai enfrentar grandes desafios em 2014. Um dos principais será a manutenção da unidade de ação num ano marcado pelas eleições gerais. Entendemos que os interesses partidários não poderão ultrapassar os interesses dos trabalhadores, para impedir a divisão do movimento sindical.
Só assim será mantido o protagonismo das Centrais Sindicais tendo em vista a luta para emplacar a Agenda Unitária da Classe Trabalhadora e por um País mais justo.
A união das várias correntes do sindicalismo foi fundamental para a regulamentação das Centrais e para a aprovação da política de recuperação do poder de compra do salário mínimo.
A unidade facilitou a negociação com o então presidente Lula para que ele adotasse as propostas dos trabalhadores para superar a crise econômica. Com a valorização do mercado interno, do salário, aumento da oferta de crédito e o corte de impostos , o País superou a crise econômica muito antes das nações ricas.
Se rechaçarmos todas as propostas divisionistas, ficaremos mais fortes para enfrentar as investidas patronais sobre os direitos trabalhistas. Eles querem aprovar no Congresso um conjunto de propostas que visam eliminar, reduzir e flexibilizar direitos e garantias trabalhistas e sindicais previstos na Constituição da República, em leis ordinárias, em convenções da OIT, em decretos e em súmulas de tribunais, entre outros.
Por isso, precisamos lutar unidos para barrar a ofensiva patronal, e, ao mesmo tempo, emplacar a nossa pauta trabalhista”.
Por Miguel Torres
Presidente da Força Sindical, da CNTM e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes
Clique aqui para acessar este artigo publicado no Força Mail de 19 de novembro de 2013