Os trabalhadores brasileiros passam, atualmente, por um dos períodos mais conturbados na história recente do País, com uma crise econômica, política e social acachapante, uma taxa de desemprego estratosférica, a sombra da insegurança pairando sobre quem, hoje, está empregado, salários achatados, juros ainda altos, crédito caro, baixa produção e consumo e outras demandas não menos nefastas, que seguem penalizando a todos.
E, como se não bastasse, o governo segue punindo os trabalhadores com uma “reforma” trabalhista que precariza direitos duramente conquistados, engessando a atuação dos Sindicatos na luta por melhores salários, por máquinas seguras, pela manutenção e ampliação dos empregos e dos direitos, por condições dignas de trabalho e pelo rigoroso cumprimento, por parte dos empresários, das Convenções Coletivas ou Acordos Coletivos de Trabalho.
Mas a luta das entidades sindicais não pode – e não vai – parar! São justamente em momentos como este que vivenciamos, de desesperança e incertezas quanto ao amanhã que, mais do que nunca, os Sindicatos e o conjunto dos trabalhadores têm de estar unidos, organizados e mobilizados para manter acesa a chama da esperança por dias melhores e condições dignas para manter o sustento dos seus.
A unidade na luta, a ação conjunta dos trabalhadores e suas entidades sindicais (Sindicatos, Federações, Confederações e Centrais Sindicais) em temas pertinentes à gigantesca maioria dos brasileiros, é o que nos empurra para a frente e nos faz nunca desistirmos de acreditar e lutar por igualdade e justiça social.
O conjunto dos trabalhadores, aliado aos seus legítimos representantes, imbuídos de um mesmo ideal, defendendo as mesmas bandeiras de luta, são capazes de reverter qualquer quadro sombrio que se abata sobre nós e superar qualquer obstáculo que impeça a nossa caminhada rumo ao Brasil que almejamos para nós, nossos filhos e netos.
Unir para fortalecer nossa luta por novas e importantes conquistas é a receita certa para que reencaminhemos o Brasil ao seu caminho desenvolvimentista e ao seu crescimento econômico.
Miguel Torres é presidente da CNTM. do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes e interino da Força Sindical