O Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes considera vergonhosa a proposta do governo, de criar duas novas modalidades de contrato de trabalho – parcial e intermitente – e colocar isso como prioridade da agenda econômica ao lado da reforma previdenciária. É rasgar a CLT.
Na esteira de tantas propostas já anunciadas, entre elas, de terceirização ampla, prevalência do negociado sobre o legislado, as propostas visam beneficiar única e exclusivamente o setor patronal, que vem pressionando o governo e o Congresso Nacional a fazer as reformas trabalhista e previdenciária para reduzir custos e poder precarizar as condições de trabalho sem risco de punição, inclusive na questão da segurança e saúde.
É um absurdo o governo ameaçar os trabalhadores num momento de tanta fragilidade, com 12 milhões de desempregados no país. É jogo rasteiro querer passar para a sociedade que estas são alternativas necessárias que vão garantir empregos.
Os trabalhadores querem negociar a reforma trabalhista e não serem massacrados por ela como se fossem um cancro que precisa ser extirpado. Quando pedem sacrifício de toda a sociedade para a solução de problemas sérios do País miram nos trabalhadores, porque ninguém quer abrir mão dos privilégios.
Os trabalhadores exigem respeito à sua dignidade e pessoa e aos seus direitos legitimamente conquistados com tanta luta. Chega dessa violência.
Miguel Torres
Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes e da CNTM