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Sindicato apoia corrida em memória do metalúrgico Manoel Fiel Filho

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Início da homenagem na sede do Sindicato

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Caminhada até a antiga sede do DOI-CODI no bairro do Paraíso

Manoel-cartaz.Teve início nesta quarta, 17 de fevereiro, a “Corrida por Manoel”, uma iniciativa do jornalista Rodolfo Lucena, da Folha de S.Paulo, para reverenciar o metalúrgico Manoel Fiel Filho, morto há 40 anos – em 17 de janeiro de 1976 – pela ditadura militar.

Lucena é maratonista e percorrerá, durante 40 dias, trajetos que relembrarão a vida, trajetória, prisão e execução do trabalhador, a luta da família em defesa de sua memória e a luta contra o regime militar (1964-1985). A corrida será encerrada no dia 9 de abril, no Memorial da Resistência.

A “Corrida por Manoel” é uma caminhada cívica que começou no Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, entidade a qual Manoel Fiel Filho estava ligado como sócio e militante da categoria.

ATO
O secretário-geral do Sindicato, Jorge Carlos de Morais, Arakém, abriu o ato da “corrida” e, em nome do presidente Miguel Torres e toda a diretoria, falou da importância de se manter viva a memória das lutas do movimento sindical e dos seus personagens, como Manoel Fiel Filho.

“É importante lembrar a história. Nossas conquistas e avanços nas lutas dos trabalhadores e deste Sindicato devemos às pessoas que lutaram no passado e perderam suas vidas por defender melhores condições de vida para os trabalhadores e pela democracia”, afirmou.

A diretora financeira, Elza Costa, ressaltou a importância do projeto do jornalista Rodolfo Lucena, que vai correr 40 dias por Manoel.

“Hoje, muitos jovens não sabem como foi a luta no passado, não sabem que para garantir os direitos de hoje muito sangue foi derramado. Hoje, livremente, fazemos nosso papel nas portas de fábrica porque não temos ditadura. Manoel Fiel Filho foi trabalhador metalúrgico e sócio desta casa e não deve ser esquecido”, afirmou.

O diretor Francisco Campos, responsável pelo Departamento de Memória Sindical, disse que o Sindicato não esqueceu Manoel assim como muitos outros que deram uma parcela de suas vidas para este Sindicato ser o que é hoje.

“Antigamente, quando fazíamos uma assembleia na Rua do Carmo, muitos trabalhadores saíam do Sindicato correndo, com medo de serem abordados e detidos. Naquele tempo, tudo era clandestino”, recordou.

Segundo ele, no dia em que Manoel foi preso, o Sindicato ficou consternado. Ao saber da sua morte, Joaquinzão (presidente na época) mandou um telegrama para o presidente Geisel, aos ministros Sílvio Frota (Exército), Armando Falcão (Justiça) e Arnaldo Prieto (Trabalho) protestando pela morte do operário e exigindo “enérgicas e imediatas providências para a apuração dos fatos e rigorosa punição aos responsáveis”.

“Disseram que Manoel se enforcou na prisão com uma meia. O Joaquinzão disse ele foi preso de chinelo. Liberdade e Justiça”, bradou Campos.

O jornalista Rodolfo Lucena agradeceu o Sindicato por receber este início de jornada. “Serão 40 dias destinados a recuperar a memória de Manoel Fiel Filho e também contar outras histórias de pessoas que lutaram pela retomada da democracia e da liberdade”, disse.

O integrante do histórico grupo musical MPB4 Aquiles Rique Reis, presente na caminhada, disse que “o metalúrgico foi o esteio para que o povo não e dobre à ditadura”.

Documento
leitura..No final do ato no Sindicato, Rodolfo Lucena leu um documento recuperado pela Comissão da Verdade, que foi encontrado numa parede da Central do Brasil (estação de trem do Rio de Janeiro). O jornalista se emocionou ao ler determinado trecho que lembrava tantos outros nomes que morreram por defender os direitos de liberdade e a população clique e leia. “Nossa caminhada é pela vida”, finalizou.

Caminhada
Em seguida, diretores e assessores do Sindicato saíram em passeata pela Rua Galvão Bueno, seguiram pela Rua São Joaquim, Rua Vergueiro, Rua Estela até a antiga sede do DOI-CODI, na Rua Tutóia, bairro do Paraíso, encerrando o primeiro dia da corrida.

No local, onde hoje funciona o 36º Distrito Policial, Maurício, ex-preso político, disse que Manoel foi morto apenas por distribuir o jornal operário e ser um propagador de ideias da democracia e lembrou de outra vítima da ditadura Virgílio Gomes da Silva.

Arakém disse que “a morte da Manoel Fiel Filho não tirou nosso desejo de lutar por um país democrático e ser uma Pátria livre”.

Nesta quinta-feira, dia 18, no segundo dia da Corrida por Manoel, Rodolfo Lucena vai seguir em direção a uma das casas onde Manoel Fiel Filho morou.

Clique para ver o vídeo com Miguel Torres falando sobre Manoel Fiel 

Clique para ver o blog do jornalista sobre sobre a corrida: http://lucenacorredor.blogspot.com.br/

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Subida da Rua São Joaquim, na Liberdade

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Diretores Xepa e Sargento puxaram as palavras de ordem

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Fim da caminhada no DOI-CODI