Assessoria de imprensa da Abimaq
“Este não é um movimento de oposição a quem quer que seja e não é partidário. É, na verdade, um grande grito de alerta à sociedade e ao governo, um grito de alerta para essa destruição da pátria que está acontecendo neste país”. Assim, Carlos Pastoriza, presidente da ABIMAQ, discursou durante a abertura do lançamento da Coalizão Indústria – Trabalho para a Competitividade e o Desenvolvimento, realizado na tarde de ontem (06), no Anhembi, em São Paulo.
O movimento, que reuniu cerca de duas mil pessoas, apresentou o manifesto “Em Defesa da Indústria e do Emprego”. 42 entidades patronais da indústria da transformação de segmentos diversos e quatro Centrais Sindicais de Trabalhadores participaram do movimento, cujo objetivo é apresentar e discutir propostas que viabilizem a retomada da competitividade da indústria nacional. Estas entidades empresariais de abrangência nacional representam juntas 51% do faturamento e dos empregos diretos gerados pela indústria de transformação estabelecida no Brasil, com geração de mais de 4,5 milhões de empregos diretos.
Nesse sentido, o presidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Ubiraci Dantas de Oliveira, destacou que “a desnacionalização e a desindustrialização do nosso país estão aumentando a cada dia que passa. A política atual está matando a nossa indústria e matando os empregos também”.
O empresário Jorge Gerdau, representante do Instituto Aço Brasil, reiterou o discurso do presidente da CGTB e acrescentou: “Somando juros, impostos e esse câmbio, o resultado é a morte da indústria de transformação”, afirmou Gerdau, ressaltando que a união de empresários e trabalhadores é pela sobrevivência das empresas e dos empregos.
A crescente queda de competitividade da indústria de transformação brasileira, com seus efeitos colaterais de baixo crescimento do PIB e falta de investimentos, decorre principalmente do fato de que produzir no Brasil custa, em média, de 30% a 40% a mais do que nos principais países concorrentes. Cientes das dificuldades do governo de continuar a política de desoneração neste momento, sem prejuízo das necessárias reformas institucionais, a Coalizão Indústria – Trabalho acredita que, mesmo sem renúncias fiscais sensíveis, seja possível reverter expectativas com uma agenda baseada em ações de curto e médio prazo, que objetivem:
– Câmbio competitivo;
– Juros em padrões internacionais;
– Sistema tributário / Sem cumulatividade de impostos.