Metalúrgicos participam de ato contra juros altos e desemprego

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As Centrais Sindicais Força Sindical, CUT, UGT, Nova Central, CTB, CSB e CGTB realizaram hoje (dia 2), em frente ao Banco Central,na Avenida Paulista, um ato de protesto contra os juros altos e uma de suas consequências mais prejudiciais aos trabalhadores, que é o desemprego.

“Realizamos este ato para tentar sensibilizar os integrantes do Copom (Comitê de Política Monetária) a iniciar um novo ciclo, de reduzir a taxa Selic em vez de aumentá-la, como está previsto”, afirma Miguel Torres, presidente da Força Sindical e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo.

Além do ato em São Paulo, que reuniu cerca de 3, 5 mil manifestantes, entre sindicalistas e trabalhadores, as centrais realizaram protestos em Brasília, Salvador e Goiânia hoje, início da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) que vai decidir, amanhã (dia 3), a nova Selic (taxa básica de juros).

“A Selic está nas alturas. É um absurdo esta política adotada pelo governo, de elevar a taxa e provocar a recessão. A cada aumento nos juros cresce o número de desempregados e se reduz os investimentos e financiamentos para a produção. A recessão não é a solução. Precisamos manter as Centrais unidas e defender a Pauta Trabalhista”, destacou Miguel Torres.

O deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP) destacou a importância de lutar contra os juros altos, que dificultam o incremento da produção e da geração de novos empregos.

Para contrapor a crise econômica, Juruna, secretário-geral da Força, ressaltou a importância de “lutarmos pela jornada de 40 horas semanais de trabalho, pela recomposição do poder de compra dos aposentados e por salários dignos”.

Sergio Luiz Leite, Serginho, 1º secretário da Central, afirma que a conta da crise não pode recair sobre os trabalhadores. “Vamos dizer não ao governo, que transfere os recursos obtidos pelo aumento dos juros para as contas dos banqueiros.”

Para Carlos Andreu Ortiz, presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, “o aprofundamento da crise econômica, uma das consequências dos juros altos, reduz ainda mais os ganhos dos aposentados”.

Metalúrgicos presente
Diretores e assessores do nosso Sindicato participaram do protesto contra os juros altos, juntamente com outras centrais sindicais e estudantes. O Copom, órgão do Banco Central, estará reunido nesta terça e quarta-feiras para decidir a nova taxa de juros, que está em 13,25% ao ano. Durante o ato, os sindicalistas também cobraram medidas contra o desemprego.

Miguel Torres lembra que juros altos inibem o consumo, a produção e a geração de empregos. “O crescimento do desemprego preocupa”, alerta.

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Paulinho da Força e Miguel Torres à frente do protesto

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