Metalúrgicos reunidos na Mooca exigem reajuste salarial digno

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Desde o início da Campanha Salarial, em setembro, o Sindicato realizou mais de 400 assembleias em portas de fábricas e seis assembleias regionais para mobilizar a categoria na luta pelo aumento salarial e a manutenção de todas as cláusulas sociais da Convenção Coletiva de Trabalho e levar o Sindicato para mais perto dos trabalhadores. A última assembleia regional foi realizada na manhã desta quarta-feira (28), na Mooca, zona leste da capital, com a participação de cerca de 4 mil trabalhadores de dezenas de empresas da região. A mobilização também prepara a categoria para a assembleia de deliberação das contrapropostas patronais, marcada para hoje à noite, às 18h, no Sindicato.

miguel“Além do aumento salarial é importante mantermos as cláusulas sociais da nossa Convenção Coletiva e negociar empresa por empresa dos grupos patronais que não apresentarem proposta salarial digna”, afirmou o presidente do Sindicato, Miguel Torres.

Em seu discurso aos trabalhadores, Miguel Torres disse que três fatores contribuem para a geração da crise econômica e financeira do país e prejudicam a campanha salarial: a taxa de juros alta, que freia os investimentos na produção e no emprego; o aumento do desemprego, que tira renda; e a alta da inflação, que aumenta o custo de vida, além da corrupção.

“Tudo isso é muito ruim para a sociedade, mas quem mais sofre é o trabalhador. Por isso, estamos mobilizando a categoria para este momento importante de luta pelo aumento salarial e pelas cláusulas sociais da nossa convenção. Não podemos abrir mão da estabilidade para os acidentados e portadores de doenças profissionais, para os que estão próximos da aposentadoria, do período de amamentação, que as empresas querem tirar”, afirmou Miguel Torres, que convocou os trabalhadores para a assembleia decisiva de hoje à noite. “A decisão é de vocês, a assembleia vai determinar os encaminhamentos que vamos fazer”, disse.

“Esta é a única oportunidade que temos no ano de fazer um bom acordo e garantir o aumento salarial”, reforçou o secretário-geral do Sindical, Arakém.

Campanha de solidariedade
Miguel Torres chamou a atenção para o aumento do número de pessoas morando nas ruas, por causa da crise. “Muitas dessas pessoas estavam dentro de uma fábrica, trabalhando; com a crise perderam seus empregos e não tiveram condição de manter seus lares. Estamos propondo fazer uma grande campanha de arrecadação de alimentos e de brinquedos para entregarmos a estas pessoas que precisam mais do que nós”, afirmou.

Organização
A assembleia desta quarta-feira foi organizada pelos diretores do setor, Adriano Lateri, Bombeirinho, Josias, Mala, Maurício Forte, Mazuti, Mixirica, Nelson, Ninja, Noel, Rubens e Zé Luiz com com o apoio e participação do secretário-geral da Força Sindical, Juruna; do vice-presidente do Sindicato, Tadeu Morais; do diretor licenciado, David Martins; do presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados da Força Sindical, Carlos Ortiz.

A Campanha Salarial é unificada e tem como slogan: Contra a crise + salários +empregos!”. Reúne 54 sindicatos metalúrgicos ligados à Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo e à Força Sindical e envolve cerca de 750 mil trabalhadores, com data-base em 1º de novembro.

 

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Arakém, secretário-geral
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Presidente Miguel Torres com trabalhadoras
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Tadeu, vice-presidente (foto ael
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Juruna, secretário-geral da Força Sindical (foto Jaelcio Santana)

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