Críticas à política econômica marcam reunião unitária das Centrais

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As Centrais CUT, UGT, Força Sindical, CTB, Nova Central, CGTB, CSP-Conlutas e Intersindical reuniram-se na manhã da segunda (17), em SP, para análise de conjuntura, tomada de posição frente à crise econômica e definição de eventual agenda de ações.

O encontro, na sede da UGT, foi aberto por exposição de Clemente Ganz Lúcio, diretor-técnico do Dieese. Sua explanação avaliou a drástica retração econômica, o aumento do desemprego e a aceleração da desnacionalização da economia brasileira, aprofundada pelo governo Temer.

“A lógica dominante é privatização a todo custo, entrega do pré-sal e desnacionalização da economia. Isso reduz enormemente as chances de recuperação econômica, fragiliza ainda mais nossa indústria e, por consequência, sinaliza para empregos mal remunerados, sem valor agregado”, argumenta o coordenador do Dieese.

Clemente Ganz, afora o leque de reformas neoliberais por parte do governo, chamou atenção também para iniciativas conservadoras no Congresso e no Judiciário. Um dos pontos destacados é o risco com eventual derrota da Súmula 331, do TST (que impede terceirizar a atividade-fim). “É uma forma de fazer a reforma trabalhista via Judiciário”, comentou, lembrando que no Congresso Nacional tramitam projetos que enfraquecem gravemente as organizações sindicais.

Ações – Presidente da UGT, Ricardo Patah propôs às Centrais reuniões com Cármen Lúcia, presidente do Supremo, e também com os presidentes da Câmara e do Senado. “Temos de entabular diálogo qualificado com todos os Poderes da República. Levar nossas posições para as autoridades e também nos comunicar com as bases sindicais e das categorias”, defende.

As Centrais defenderam realizar um Dia Nacional de Protesto (ou greve geral). Mas, para que o protesto seja efetivo, tem de ser unitário e nacional. Para José Calixto Ramos, presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores, “as direções precisam ouvir as bases, porque quem organiza e para são os Sindicatos”.