As Confederações de trabalhadores articulam ampla agenda de ações de resistência aos ataques a direitos trabalhistas, garantias previdenciárias e à própria organização sindical.

Na terça, 18 de outubro de 2016, elas se reuniram em Brasília, na sede da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Empresas de Crédito (Contec), cujo presidente, Lourenço do Prado, é o coordenador do Fórum Sindical dos Trabalhadores (FST).

As entidades se preocupam com a amplitude dos ataques. “Agora, não são apenas os patrões. Temos sido atacados também pela Câmara e o Senado, onde tramitam vários projetos lesivos aos trabalhadores. Sem falar nas iniciativas do governo federal, como a PEC 241 e a reforma da Previdência”, afirma Artur Bueno de Camargo, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Alimentação (CNTA).

A Agência Sindical também ouviu Miguel Torres, que preside a Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM). Ele aponta problemas no Judiciário, como a recente decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que concedeu liminar à Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino, suspendendo todos os processos e até efeitos de decisões na Justiça do Trabalho que discutam a aplicação da ultratividade de normas de acordos e de Convenções Coletivas – a perda mais imediata é a data-base das categorias, criando uma espécie de vazio jurídico, que desprotege o trabalhador.

As Confederações também se mobilizam na frente Jurídica, para demandar junto ao Supremo, utilizando o recurso amicus curiae. O setor de comunicação das entidades também se mobiliza com a ideia, adianta Artur Bueno de Camargo, de editar um jornal de grande tiragem. “Queremos fazer um jornal didático, que mostre os ataques à classe trabalhadora, reforce nossas posições e mostre aos trabalhadores o volume de agressões que vem ocorrendo no País”.

Outras – Dia 24, deve haver nova reunião do Fórum do FST na sede da CNTA, em Brasília. Para o final do mês, está agendado amplo Seminário das Confederações, também na Capital Federal.

Por Agência Sindical