A manutenção da taxa Selic em 6,5% ao ano mostra a realidade de um “governo fim de feira” que não está preocupado com a aflição de uma parcela considerável da população brasileira – cerca de 66 milhões de cidadãos e cidadãs – que não encontra lugar no mercado de trabalho. É um número superior à população de muitos países, como Reino Unido, Itália, Espanha, e outros.
Vivemos num Brasil onde uma minoria não se importa como vive a maioria. A manutenção a Selic reflete o descaso dos técnicos do Copom e do governo federal com o desenvolvimento e a geração de empregos. O mercado dita as regras, o sistema financeiro comemora.
Importa manter os juros do cheque especial em 304% ao ano, crédito rotativo em 313% e empréstimo pessoal em 114,7%. Enquanto isso, a economia continua desacelerando, empresas fechando, atrasando salários, produção parando.
Privatizar e desmantelar direitos trabalhistas e sindicatos de luta é o que interessa.
Miguel Torres
Presidente