As centrais sindicais CUT, Força Sindical, CTB, Nova Central, CGTB, Intersindical e CSP-Conlutas se reuniram em São Paulo, nesta terça-feira (26), para fazer uma avaliação do Dia Nacional de Luta em Defesa da Previdência, realizado no dia 22, e discutir estratégias para barrar a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 06/2019 da reforma da Previdência.
Miguel Torres, presidente da Força Sindical destacou que as mobilizações do dia 22 superar as expectativas do movimento sindical. “A classe trabalhadora assumiu o papel de protagonista na luta em defesa da Previdência”, ressaltou Torres.
Abaixo-assinado
Como preparação para o 1° de Maio, na próxima quarta-feira, 3 de abril, as centrais farão uma atividade na Praça Ramos, no centro de São Paulo, para coletar assinaturas contra a reforma. “Queremos fortalecer ainda mais a mobilização da sociedade e ampliar o debate sobre a reforma da Previdência”, explica Miguel.
A data do lançamento do abaixo-assinado inicialmente marcada para o dia 2 foi alterada em razão de um convite do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, nesta data, para discutir com representantes das centrais sindicais a MP 873.
O sindicalista explica que o abaixo-assinado será ampliado para todo o Brasil, nos 27 estados e no Distrito Federal, haverá coleta de assinaturas”. “Vamos entregar esse abaixo-assinado ao Congresso, logo após o Dia do Trabalhador, e assim, mostrar ao Congresso que os brasileiros não querem a reforma da maneira como foi apresentada.”
1º de Maio
O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, Juruna, adiantou que as centrais definiram como prioridade organizar o 1° de Maio, Dia Internacional do Trabalhador, deste ano com a participação de todas as centrais sindicais em um único ato. “Nossa palavra de ordem neste ano é consenso e será: não à reforma de Bolsonaro, que acaba com a possibilidade de aposentadoria para milhões de brasileiros, além de reduzir o valor dos benefícios de quem já é aposentado e de quem conseguir se aposentar”.
Cálculo da aposentadoria
No dia 2, o DIEESE levará à praça o “Aposentômetro”, ferramenta elaborada para o trabalhador calcular quanto tempo falta para a sua aposentadoria pelas regras atuais e como ficará se a reforma for aprovada. “Vamos mostrar para a sociedade os prejuízos dessa proposta do Paulo Guedes e de Bolsonaro”, diz Torres.
Greve Geral
Juruna destacou que também é unanimidade entre as centrais sindicais a possibilidade de uma greve geral, caso a reforma avance na Câmara. “Na reunião aprovamos a necessidade de uma grande greve se Bolsonaro insistir em levar adiante esta de reforma.