MÁRCIO FALCÃO
DE BRASÍLIA
Empresários e sindicalistas disseram considerar positivas as medidas anunciadas nesta terça-feira (3) de incentivos à economia, mas avaliam que as ações são pontuais e que o governo precisa avançar ainda mais.
Para o presidente o presidente da Fiesp (Federação da Indústria de São Paulo), Paulo Skaf,o governo deve ter que voltar a agir em breve tendo em vista que o pacote não trouxe medidas estruturantes.
“Não esta mexendo para valer na ferida, não está contornando a questão cambial, dos juros, do custo de energia, do gás, não são todos os setores atendidos, tira de um lado, mas põe de outro. Não é uma coisa definitiva, não fez a baita reforma que resolve o problema”, disse.
O presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), disse que a política industrial ainda é “tímidas” e “insuficientes”. “São medidas importantes para iniciar o debate, mas são tímidas e insuficientes, muitas foram repetidas de oito meses atrás. São ações pontuais e que atendem 15 dos 127 setores”.
O empresário Jorge Gerdau, do setor siderúrgico, que assessora a presidente na área de gestão e competitividade, afirmou que o fortalecimento da indústria será um trabalho a longo prazo. ” Você tem que melhorar a educação, a logística, o sistema tributário, o sistema todo. São temas complexos e que você não improvisa. A construção da competitividade é um trabalho que leva anos e anos.”
Escolhido para representar os sindicalistas na cerimônia, o presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores), Ricardo Patah, também chamou o pacote de tímido e cobrou uma reforma tributária. Antes de a presidente Dilma Rousseff discursar e cobrar a redução do chamado spread bancário, Patah também falou da medida e foi aplaudido pela petista. “É um absurdo a taxa de juros cobrada pelos bancos no Brasil”, afirmou.