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Isenção do IR deve passar a R$ 1,6 mil

Proposta leva em conta a inflação de 2010, de 6,47%. Centrais sindicais pedem na Justiça o reajuste da tabela em protesto na Avenida Paulista

Luciano Cavenagui

As centrais sindicais querem que o limite de isenção do Imposto de Renda passe dos atuais R$ 1.499,15 para R$ 1.596,14, com a correção da tabela de 6,47%, índice da inflação registrada em 2010.

A proposta foi uma das principais reivindicações da manifestação realizada ontem pelos sindicalistas na Avenida Paulista. O protesto ocorreu também em outros 19 estados.

De acordo com a Polícia Militar, participaram aproximadamente 500 pessoas na Avenida Paulista. Os manifestantes ocuparam duas faixas da via, Foram do Museu de Arte de São Paulo (MASP) até o prédio do Tribunal Regional Federal. Os sindicalistas impetraram ação no tribunal solicitando o reajuste de 6,47% na tabela do imposto de renda.

O presidente da Força Sindical, o deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho, afirmou que a não correção da tabela do imposto vai gerar perdas de R$ 5,7 bilhões aos trabalhadores. “Se Dilma ficar ouvindo seus burocratas, vai ter muito trabalho conosco”, bradou Paulinho. 

O presidente da Central Ùnica dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique, afirmou que Dilma está cercada de economistas que querem implantar a “agenda dos derrotados nas urnas”, adotando uma política de ajuste fiscal.

Perdas salariais – Segundo o Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal (Sindifisco), a falta de correção inflacionária da tabela do imposto supera 70% desde 1995.

“Isso gerou o seguinte efeito: quem ganha menos, entre R$ 2 mil e R$ 3,5 mil, é mais afetado, acaba pagando mais imposto. Aqueles que possuem renda maior pagam menos”, ressaltou o diretor técnico do Sindifisco, Luis Benedito. 

De acordo com estudo da entidade, pela tabela atual, quem ganha R$ 2.550 teve prejuízo de 801% no período. Hoje, paga R$ 101,56 de imposto. Se a tabela fosse corrigida, pagaria apenas R$ 11,26.