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Metalúrgicos do 1º turno da Volvo entram em greve após ameaças de demissão

Fonte: Imprensa Metalúrgicos da Grande Curitiba

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Decisão pela paralisação foi tomada pelos trabalhadores após empresa anunciar que vai iniciar demissões na próxima segunda. Hoje, ás 15h, tem assembleia com 2º turno

Os metalúrgicos do 1º turno da Volvo do Brasil, localizada na Cidade Industrial de Curitiba (CIC), entraram em greve hoje (08) pela manhã, em protesto contra as ameaças de demissão feitas pela empresa. A multinacional divulgou um comunicado interno na fábrica, ontem à tarde, ameaçando iniciar as demissões de trabalhadores na próxima segunda-feira. Após a deflagração da greve, todos os metalúrgicos voltaram para casa. Hoje à tarde acontece assembleia com o 2º turno, às 15h. Nova assembleia também está agendada para a manhã de segunda-feira.

Os trabalhadores exigem que a empresa cumpra o compromisso que assumiu nesta semana, junto ao Ministério Público, de construir junto com o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba alternativas para a preservação de empregos. A greve vai durar até a empresa aceitar sentar para negociar.

“Estamos abertos a negociação, oferecendo para a empresa diversas alternativas que assegurem a manutenção dos empregos dos trabalhadores. Porém, a empresa tenta, de forma oportunista, atrelar a preservação de emprego a flexibilização de direitos e salários. O que não aceitamos. Garantir emprego com flexibilização é mesmo coisa que obrigar o trabalhador a comprar seu emprego, o que é inaceitável”, diz o presidente do Sindicato, Sérgio Butka. Ante essa proposta, de flexibilização, é preferível, no entendimento dos dirigentes sindicais, buscar outras saídas, como por exemplo o PDV (Plano de Demissão Voluntária), a exemplo do realizado na fábrica do Renault, em São José dos Pinhais, em fevereiro passado, quando os trabalhadores que optaram pelo plano receberam, ao menos, uma compensação financeira a mais, além dos direitos já previstos em lei.

Proposta rejeitada
Além das ameaças de demissão, os trabalhadores também rejeitaram a proposta da empresa para a Participação nos Lucros e Resultados (R$ 15 mil, 50% menos que a PLR 2014) e para a data-base, que é em setembro (reajuste salarial apenas com a reposição da inflação).

A fábrica da Volvo emprega cerca de 3.500 trabalhadores e tem capacidade de produção diária de 80 caminhões pesados, 44 médios e 8 ônibus.

(confira fotos da assembleia de hoje, no Facebook do Sindicato: www.facebook.com.br/metalurgicosdecuritiba)