Metalúrgicos fecham mais acordos e dão tempo na greve

Ricardo Flaitt

Comando dos metalúrgicos integrado por Miguel Torres, Magrão (federação), Jorginho (Osasco) assina acordo com o G2

O comando de negociação dos metalúrgicos ligados à Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo e à Força Sindical adiou o início da greve da categoria, marcada para segunda-feira, dia 5, diante do fechamento de acordos salariais com mais grupos patronais.

Até esta quinta-feira (1/11), foram fechados acordos com  grupo 19-3 (Sicetel, Simefre, Sindbalanças, Siamfesp, Sindratar, Sinafer, Siescomet), Grupo 2 (Sindimaq e Sinaees), Grupo 3 (Sindipeças, Simpa e Sindiforja), Sindisider (produtos para siderurgia) e Sindicato da Indústria de Fundição.

Os acordos garantem 8% de aumento, abono salarial, reajuste dos pisos e a renovação das cláusulas sociais da convenção coletiva de trabalho da categoria.

O acordo com o Grupo 2 foi assinado nesta quinta-feira (1/11), na federação.

“A categoria ameaçou com greve, mobilizou-se nas fábricas e isso levou a este resultado, que consideramos positivo, com a conquista da reposição da inflação e do aumento real”, afirma Miguel Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo.

Para Cláudio Magrão, presidente da Federação, “ano a ano ampliamos os ganhos da família metalúrgica com aumento real”, destacou.

O comando dos trabalhadores está na expectativa de fechar mais acordos na semana que vem com o Grupo 10 (Fiesp e outros) e com Sindicato da Indústria de Estamparia de Metais do ESP.

A Campanha salarial é unificada. Reúne 54 sindicatos metalúrgicos do Estado, filiados à Federação dos Metalúrgicos e à Força Sindical, com data-base da categoria é 1º de novembro, e envolve cerca de 800 mil trabalhadores.