O ministro do Trabalho, Brizola Neto, participou nesta sexta-feira (11) de uma assembleia extraordinária de delegados e delegadas sindicais na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, e foi homenageado com o título de Sócio Benemérito.
Ele recebeu a carteira de associado e uma placa de reconhecimento por seu trabalho em defesa dos direitos dos trabalhadores e de parabéns pela conquista do cargo de ministro.
A homenagem foi entregue pelo presidente do Sindicato, Miguel Torres, e pelo deputado federal Paulinho da Força, na presença de mais de 700 trabalhadores da categoria, diretores, coordenadores e assessores do Sindicato, autoridades políticas e presidentes de vários sindicatos.
“Esta é uma homenagem pela sua luta como deputado federal, sua participação em todas as nossas mobilizações em Brasília, pelo seu companheirismo, diálogo aberto e defesa dos direitos dos trabalhadores”, disse Miguel Torres.
O presidente licenciado da Força Sindical, Paulinho da Força, reforçou: “Você lá, no ministério, é muito importante para os trabalhadores, disse, lembrando que Brizola Neto vem de uma família de luta e tem muita capacidade de trabalho.
Bastante emocionado, Brizola Neto agradeceu os delegados e a categoria e enalteceu a luta do Sindicato, que em dezembro deste ano completará 80 anos de existência.
“Quero dizer a potência que é este Sindicato e cumprimentar esses companheiros que fazem deste um dos sindicatos mais representativos do Brasil”.
O ministro destacou a importância da lutas histórias dos trabalhadores e disse que “a legislação que garante direitos hoje custou muito sangue. Qualquer reivindicação trabalhista era tratada como caso de polícia. A partir da CLT os trabalhadores foram ganhando direitos e aumentando sua participação na renda nacional”, relatou.
Brizola Neto falou da ditadura, que cassou direitos e pessoas, dos períodos de desemprego e inflação, que impediram o crescimento do país; criticou os juros altos, parabenizou a presidente Dilma pela coragem de enfrentar os banqueiros e disse que “entre o capital e o trabalho, o Ministério tem uma função muito clara de proteger o elo mais fraco desta relação. Aprendi com o meu avô (Leonel Brizola) a importância da luta dos trabalhadores. O ministro do Trabalho tem lado e é o lado dos trabalhadores”, afirmou.
Balanço das lutasAntes da homenagem, o presidente Miguel Torres fez um balanço das lutas que o Sindicato vem fazendo junto com a categoria, e a força do deputado Paulinho no Congresso Nacional e junto ao governo, e que estão resultando na conquista de reivindicações importantes não só para os metalúrgicos como para todos os trabalhadores brasileiros.
Ele citou a luta pelo fim do fator previdenciário, pelo fim da cobrança do imposto de renda na PLR e abonos salariais; contra a desindustrialização, pelo corte dos juros, das ações nas fábricas e dos departamentos, da conquista de cargos políticos, entre outras.
“Estamos fazendo a nossa parte e fazendo acontecer. Este sindicato não está parado. Estamos levando nosso trabalho para regiões fora da nossa base e ajudando outras categorias nas suas lutas”, disse Miguel Torres.
A diretora financeira Elza Costa Pereira disse que a representação dos trabalhadores não tem valor sem a presença e participação dos trabalhadores. “Contamos com vocês no dia a dia em todas as ações”, disse.
O secretário-geral, Jorge Carlos de Morais, o Arakém, destacou a tradição trabalhista do País. “Temos história e vamos seguir em frente, com a força dos trabalhadores”, disse.
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Juruna, secretário-geral da Força, lembrou as lutas dos metalúrgicos pela redemocratização do País, falou da importância do Centro de Memória Sindical, localizado na Rua do Carmo, para o resgate da contribuição sindical ao País e afirmou que é uma honra receber numa assembleia nomes como Brizola Neto, Medeiros, Cláudio Prado e Paulinho.
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O vereador Cláudio Prado, diretor do Sindicato, informou que a Câmara Municipal de São Paulo aprovou um projeto de lei de sua autoria, reconhecendo o dia do delegado sindical metalúrgico, data comemorada em 17 de janeiro, em memória a Manoel Fiel Filho, metalúrgico assassinado pela ditadura militar no DOI-Codi, em 17 de janeiro de 1976.
Presenças
A assembleia contou com a presença de autoridades políticas, como o superintendente regional do Trabalho, José Mello; o secretário estadual de Emprego, Carlos Adreu Ortiz; o deputado estadual Major Olímpio, o vereador Cláudio Prado; presidentes de vários sindicatos: Jorge Nazareno (metalúrgicos de Osasco), Antonio Ramalho (construção Civil), Murilo (engenheiros), Sérgio Marques (federação dos têxteis), Sérgio Leite (federação dos químicos), Nilson (gráficos), Maria Auxiliadora (brinquedos).
Por Assessoria de Imprensa do Sindicato
Fotos de Jaélcio Santana e Paulo Segura