É estarrecedora a notícia do jornal ‘O Globo’, de 4 de março, segundo a qual houve aumento de 10,3% do número de mortes em conflitos agrários no Brasil em 2012, ante o ano imediatamente anterior.
Foram 32 mortes, no ano passado, a maioria no Pará e em Rondônia, estados em que ocorrem muitos conflitos por terras, por exploração ilegal da madeira, da precarização das relações de trabalho e do trabalho análogo à condição de escravo. De 2000 a 2012, foram 458 mortes provocadas por pistoleiros a serviço dos grandes proprietários de terras.
Infelizmente, o governo federal, que tem em mãos todos os instrumentos para combater a violência, como as polícias e a Justiça, pouco tem feito para acabar com as mortes que atingem basicamente trabalhadores rurais e pequenos proprietários de terra.
Tampouco tem agido com eficiência e celeridade na elaboração de políticas públicas capazes de diminuir os conflitos no meio rural.
Nós, da Força Sindical, reivindicamos do Poder Público que estabeleça políticas públicas que priorize a luta para acabar com a violência no campo. E que determine à Polícia Federal usar seu poder coercitivo para investigar, achar e prender estes criminosos.
Paulo Pereira da Silva, Paulinho
Presidente