Sindicato Mobilização pelos direitos com diretor David

Os cerca de 100 trabalhadores da Reiplas, fabricante de fios e cabos elétricos na zona oeste da capital, suspenderam uma greve que durou mais de 30 dias contra o atraso dos salários. A decisão foi tomada após a empresa assinar um acordo, perante o Tribunal Regional do Trabalho e o Sindicato, garantindo pagar os salários atrasados e regularizar os depósitos do FGTS e das contribuições previdenciárias.
Em função da falta de matéria prima (cobre), a empresa está com a produção suspensa, mas à medida que receber material irá convocar os trabalhadores, que estão à sua disposição.
Segundo o diretor do Sindicato David Martins, que acompanha os trabalhadores, a empresa comprometeu-se a acertar os salários da seguinte forma:

1a) R$ 50 mil, a título de adiantamento, de forma rateada em igual proporcionalidade a todos os empregados, no dia 30/11/12;

1b) pagamento do valor remanescente dos salários de novembro no dia 20/12/12;

2) pagamento, no dia 28/12, do adiantamento salarial a vencer em 20 de dezembro;

3) pagamento do 13º em três parcelas iguais nos dias 20/12/12, 21/01/13 e 20/02/13;

4) regularizar os depósitos do FGTS no prazo de 45 dias, comprovando junto ao Sindicato eventual obtenção do parcelamento;

5) quanto aos recolhimentos previdenciários em atraso, a Reiplas informou que já existe parcelamento autorizado e que apresentará comprovação ao Sindicato;

6) os valores equivalente aos vales-transporte em atraso serão pagos em três vezes, nas mesmas datas para o parcelamento do 13º, por meio de depósito na conta dos funcionários;

7) os vales-transporte serão pagos de imediato aos funcionários que forem chamados para trabalhar. A convocação será feita com dois dias de antecedência;

8) o fornecimento da cesta básica será retomado a partir de fevereiro de 2013;

9) retomada do convênio médico em 60 dias;

10) não desconto dos dias parados;

11) garantia de emprego por 90 dias contados a partir do encerramento da greve;

A empresa também ofereceu várias máquinas de produção como garantia para o pagamento de todas as parcelas em atraso, assim como antecipação das que vão vencer. As máquinas já estão à venda e o processo será acompanhado pelo Sindicato.
Segundo David Martins, o acordo fixa multa de um piso salarial por funcionário em caso de seu descumprimento.