Os trabalhadores da fabricante de tratores Valtra, em Mogi das Cruzes, continuam parados. Em assembleia nesta quarta-feira (25), segundo dia de greve, eles rejeitaram proposta da empresa, de voltar ao trabalho para depois negociar, e decidiram manter a greve. Como a empresa não se manifestou mais sobre a situação, o diretor sindical do setor, Silvio Bernardo, com apoio do secretário-geral, Arakém, dispensou os trabalhadores. Antes da assembleia, o Sindicato ofereceu café da manhã aos trabalhadores. Segundo o diretor, o pessoal está bem unido. A mobilização dos trabalhadores tem contado com o apoio de todos os diretores e assessores do Sindicato.
A greve atinge cerca de 600 dos 900 trabalhadores, e começou por causa do pagamento da segunda parcela da PLR. O acordo firmado em 2014 estabelecia R$ 4 mil ou 95% do salário em duas parcelas, caso atingissem a produção. Em julho do ano passado, eles receberam a primeira parcela, de 40% do valor. A segunda seria paga agora em fevereiro, mas os funcionários receberam apenas R$ 700.
O acordo previa que se houvesse mudanças no processo de produção, as partes voltariam a renegociar. As vendas caíram, mas a empresa não voltou a negociar e pagou um valor menor.
Nesta quinta-feira, haverá nova assembleia na porta da empresa para discutir sobre a continuidade do movimento.
Trabalhadores tomam café da manhã servido pelo sindicato na porta da empresa
Diretor Silvio lê a proposta da empresa para os trabalhadores
Arakém defende a mobilização até a vitória
