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“A importância da unidade na luta” – artigo do Miguel Torres no Diário de S.Paulo

Fonte: Diário de S.Paulo

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A importância da unidade na luta

Os metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes foram,segunda-feira e ontem, para dezenas de canteiros de obras em todas as regiões da cidade, dar apoio à greve dos operários da construção civil de São Paulo, que estão em campanha salarial. Com data-base em 1º de maio,os patrões estão oferecendo reajuste abaixo da inflação e ainda querem tirar direitos já conquistados. Outras categorias também estão apoiando a greve, porque esta é uma luta de todas as categorias profissionais, pois envolve a defesa dos salários, dos empregos e dos direitos.

A unidade do movimento sindical mostra-se mais do que essencial neste momento em que a classe trabalhadora vem sendo a mais prejudicada pela recessãoe enfrenta fortes ataques aos seus direitos.

Não bastasse a perda de milhões de empregos (cerca de 11 milhões no País) e, consequentemente,de renda,e uma inflação que atinge mais a população pobre e os idosos, que gastam muito com remédio, vivemos uma crise econômica que parece só ter solução com reformas que atingem diretamente os trabalhadores.

O que ouvimos há tempos: É preciso criar uma idade mínima pra aposentadoria sob pena de inviabilização da Previdência Social; aumentar o tempo de contribuição pra aposentadoria, unificar as regras para homens e mulheres, rever a pensão por morte, desvincular a política do salário mínimo dos benefícios da Previdência, promover uma terceirização geral, não corrigir a tabela do Imposto de Renda, e por aí vai. Repudiamos todas estas propostas.

A crise está impedindo muitas categorias de reporem as perdas salariais – 51% dos reajustes de abril foram abaixo da inflação, segundo a Fipe.

A unidade em torno de bandeiras comuns fortalece a luta sindical, mas também contribui para o crescimento da economia e a estabilidade social, porque faz frente a muitas injustiças que marginalizam a população. Desempregar e tirar o sustento das famílias é um fator de desequilíbrio. Garantir emprego e salário promove o desenvolvimento.

Miguel Torres
Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes