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Crescimento pífio não impede ganho real

“O próximo ano promete ser muito difícil para os trabalhadores por causa da redução da bancada sindical e pelo fato de os empresários estarem com sua pauta organizada e com uma bancada majoritária no Congresso.

Já o governo não dispõe de meios e instrumentos para aderir às propostas dos trabalhadores e neutralizar as investidas patronais. Além disso, tudo indica que a economia continuará com crescimento pífio.

O governo vai sofrer pressão patronal que quer melhorar a competitividade e reduzir custos, como forma de manter a sua margem de lucros, com a diminuição, flexibilização ou corte de direitos. Assim, restará aos trabalhadores lutar pela defesa de seus direitos e pela aprovação da Pauta Trabalhista. A ideia é combinar a luta específica com os embates gerais, no Parlamento, buscando emplacar as grandes reivindicações do movimento sindical.

Este ano, apesar das dificuldades impostas por uma política econômica que privilegia o rentismo em detrimento do investimento produtivo, as campanhas salariais ainda apresentaram bons resultados. Os companheiros e companheiras da alimentação, químicos e parte dos metalúrgicos fecharam acordos, prevendo a reposição da inflação mais aumento real de salário.

As negociações continuam porque segmentos da alimentação e da metalurgia ainda não fecharam acordos. Conseguimos conquistar o aumento real somente depois da deflagração de mobilizações e das ameaças de greves por empresa e até por categorias. Ainda temos importantes categorias que vão iniciar suas campanhas salariais, como gráficos, comerciários, vigilantes e papel e celulose, cujos sindicatos já iniciaram o processo de organização e mobilização das bases”.

Miguel Torres é presidente da Força Sindical, CNTM e Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes